Dizei-me vós, ó Poeta da Liberdade!
Dizei-me vós, o que fazer
Com essa dor, com essa saudade
Que entristece meu viver.
Quisera Deus me conceder
Saber fazer poema ou canção
Talvez findasse esse sofrer
Que me invade o coração
Eis que sou um pobre mortal
Um homem mediano
Não tenho o dom divinal
De poetizar o sentimento humano
Que saudade dos amigos que fiz:
Flores juvenis que perfumam minha memória
Grandes descobertas de uma Expedição feliz,
Patrimônio da minha vida, Patrimônio da minha história.
Em Cabaceiras do Paraguaçu,
Onde nasceu o Poeta Condoreiro
Há um barco que navega azul
Sob um vigoroso sol que brilha forte, verdadeiro.
Nas grandes águas de um caudaloso rio
Navega o barco do meu pensamento
E lágrimas num rosto frio
Escapam-me a todo o momento
Os abraços, os sorrisos, as andanças...
Quantas alegrias, nessa cidade vivi!
Vi brotar sementes de esperança
Nos corações de criança dos que lá conheci
Amigos de Cabaceiras da poesia,
Minhas singelas palavras querem te dizer
Que até findar a luz do meu dia,
Essa breve ventania que é o viver,
Ah, Cabaceiras! Guardar-te-ei na memória da saudade
Enquanto a chama da vida em meu peito arder
Jamais esquecerei essa cidade
Cabaceiras do Paraguaçu: hei de amar-te até morrer.
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