quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Saudades de ti, Mato Grosso

Se algum dia, Mato Grosso
Te lembrares de mim,
Ainda que por um instante breve
E sentires uma serena brisa
Tocar teu rosto de leve
Talvez seja minha saudade
Dizendo-te um solene
Até breve!

Salam alecum, o dábò, arigato, shalom!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ao Fenecer da Tarde

As lágrimas que rolam do meu rosto,
Não tem mais o calor da juventude
Minhas mãos já não são capazes de sustentar o peso da minha cabeça
As flores primaveris, florindo o jardim de cor, perfume e beleza
A mim já não me encantam como outrora...
Meus olhos não marejam mais ao contemplar
O espetáculo do astro fulgurante
Anunciando o novo dia
Minhas pernas, tão pesadas e lentas,
Recusam-se a carregar este corpo prostrado
Ante a fugacidade da vida
O sorriso que iluminara meu rosto,
Tornou-se hoje melancólico e infeliz
Esses braços meus já não são capazes de reter o calor de outro corpo:
Já não podem abraçar.
Estou velha, meu amor,
E cansada...

Do findo coração

Amor em pedaços...
Amor pra se guardar na gaveta do esquecimento.
Retalhos de sentimento...
Vestígios de alguma coisa que já não existe
Palavras que não foram ditas
Abraço contido
Braços vazios de calor...
Fotografias de rostos e paisagens gris
Números de telefone, discos, cartões-postais, coração:
Tudo espalhado em um chão frio de um quarto escuro
Tristeza é pesadelo que não acaba, sabe?
Agora, tenho que viajar
para bem longe
Longe de mim...

Meus Sobrinhos

Vejo você...
Pés descalços, pisando a areia da praia
E as ondas do mar azul, brincando com tua alegria,
Se agitando, no vai e vem da maré...
Sinto que felicidade é ver você
Correndo, sofregamente e pueril,
Sob o brilho de um sol dourado
Como quem quer ser desesperadamente feliz
O vento que sopra teus cabelos
Também quer brincar em teus sonhos de criança.
Quando você sorri, tudo se ilumina
E eu entendo que viver é bom!
Cores de tons impossíveis, que não sei explicar
Inundam o meu olhar e me enternecem
Você é tão pequenininho
Mas tem um coração tão grande!
Tão cheio de nobreza e carinho!
Estar com você é paz interior,
É esperança e fé na vida.

Com as mãos

Mãos que fazem a arte, o pão...
Que lavam as tristezas
Que limpam o suor que escorre do rosto cansado...
Pela dor do sol da lida
As mãos que labutam
São as mesmas que batucam pra esquecer a dor
Mãos que tocam o amor
Mãos que afagam e
Que perdoam
Que banham de amar
Que plantam a flor
Mãos marcadas pelo tempo, pela vida.

Criança triste

Um soluço,
Um sussurro embargado,
Um choro contido...
E esse pranto, meu Deus, por que razão?
Tristeza de criança é tão sentida,
é doída, não se sabe porque...

Ah, poesia!

Ah, poesia que me invade a vida vazia!
Me entorpece e me vicia
Me atormenta e me sacia
Elixir inebriante de saudade e nostalgia
Ah, poesia! Sem ti, o que faria?
Há tanta angústia, tanto cinismo,
Tanta dor, tanta agonia!
Essa loucura pouco a pouco
A mim me consumiria
E de nada valeria meu cansaço,
Minha correria
Sem ti, como viveria?
Ah, poesia, sem ti eu não seria!

Ode aos amigos

Como é bom ter um amigo!
Alguém em quem confiar.
Alguém a quem se diz muito,
Tendo pouco a explicar.

Como é bom ter um amigo!
Um amigo de verdade.
Ajuda nas horas frias
Quando a tristeza nos invade

Como é bom ter um amigo!
Um grande amigo já é suficiente!
Até porque, há tantos terríveis perigos
Travestidos de “boa gente”!

Como é bom ter um amigo!
Amigo é como um irmão...
Só que irmão é imposto pelo sangue,
Já amigo, é eleito pelo coração!

Mar de Poesia

Talvez seja, a poesia
um barquinho, singrando mar à dentro
Navegando, mareando
no mar bravio do sentimento
Compelido fortemente
pelo vento, pelo tempo
Rumando livre, sem destino,
nas ondas do pensamento

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mel de Clarice

Clara lua
Espelho de estrela
Fagulha, centelha de luz e de cor
Clarice é doçura de flor de beijo
Mel de abelha
Melando de encanto
A face do amor