Saudade é um trem correndo fugidio, para longe,
cada vez mais distante da estação em que um dia desembarcamos.
É um punhal de prata que dilascera e sangra nosso peito: dor fria e melancólica...
Saudade é o vento, levando de assalto cartas repletas de sentimentos,
para um céu qualquer, de uma cidade distante...
É a certeza nos olhos de que lágrimas de tristeza escorrerão, brilhantes e cálidas, no nosso rosto,
quando nostálgicos cheiros fragrantes nos invadem a memória.
Saudade é essa força furiosa e irreverente
que muda nossas convicções e certezas com o pragmatismo do balanço das horas.
É morrer um pouco, sofrida e docemente...
Saudade é uma lácia paroxítona sonora,
cunhada no âmago da alma brasileira,
cuja ressonância, ecoa nos corações espalhados pelos quatro cantos do mundo
onde houver alguém que sinta o que é amar, em bom português.
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