terça-feira, 31 de agosto de 2010

Le Parkour au paradis!

Rafinha é um perigo!

Sobe em parede, corre, pula muro... Que danação!

Gosta de me dar susto e sair em solto riso.

As vezes, cisma de me carregar, metido a fortão

- Me põe no chão, menino! Toma juízo!

E ele ri, debochado, inventando outra diversão.

Curioso, inteligente, dá nó na cabeça da gente!

Enigma adolescente? Complexa explicação...

Acho que Rafinha sonha enquanto, inquieto, troca o teto pelo piso:

- Que bom, meu Deus, fazer parkour no paraíso!

Uma Canção Triste

Quem entrar em meu coração
Escutará uma endecha de ais
Um soluço de dor, um som de solidão

Uma saudade triste e nada mais

Esse pranto existe em meu peito
Desde tempos imemoriais
É um pranto de saudade, por um sonho desfeito
Por alguém que não voltará jamais

Há uma lágrima fria
Sobre um inverossímil sorriso
Que tenta esconder meu sofrer, minha melancolia:
Nostalgia que corporizo

Sim, minha vida é uma canção triste
Que canto, condolente, em busca de paz
Enquanto procuro - nem sei se existe -
Alguma razão para não sofrer mais

Os fragmentos da minha alma que tento reunir
São os pedaços de mim, que deixaste para trás
Enquanto, em vão, me esforço em banir
Essa dor que me devora com sua fome voraz

Quem entrar em meu coração ouvirá o som do vento seco, frio
Que sopra, impiedoso, meus dias finais
Percorrendo os corredores do meu corpo vazio.

Sou só uma saudade triste. Uma saudade triste e nada mais.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Falta de ti

Insisto em procurar-te
Nas solitárias noites que passo em claro, pensando em ti
Busco, em vão, a luz do teu sorriso
No vazio das ruas silenciosamente lúgubres
Um vento gélido de desespero e solidão me invade o ser
Escrevo poemas, tentando fugir dessa dor pungente
Que diuturnamente me aflige
Meus olhos estão áridos de lágrimas, de tanto pranto derramado,
De tanta tristeza...
Agonia sufocante... Falta-me o ar
Falta-me a ti.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um poema para meu filho

Queria te fazer um poema, filho meu
Um poema que pudesse traduzir o amor que sinto por você
Com palavras cuidadosamente escolhidas, cheias de significados exatos, inequívocos, irretocáveis...
Pra te dizer que sua presença em meu caminho é como uma onírica noite de festa com cores e luzes eternas
Pra te dizer que você é como a pujança do vitorioso sol de dezembro, anunciado a chegada feliz do verão.
Pudera te fazer um poema...
Um poema que conseguisse explicar que você perfuma minha vida com o cheiro das manhãs da minha infância: o ar impregnado de um doce verde viçoso, orvalhado de vida e bucolismo...
Ah, filho amado!
Quem me dera poder exprimir o imponderável, o etéreo, o inefável amor que sinto por você!