quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Quando tudo acabou?

Em que espelho se escondia,
Na palidez do dia-a-dia,
Essa melancólica hora fria?

Tudo acabando e eu não percebia
Que o amor se transformaria
Em solidão de domingo, em madrugada fria.

Em meu coração morava a alegria
Mas ela foi embora: a casa está vazia.
Solitário, agora chora quem antes se ria...

Uma gélida lágrima no meu rosto escorria
Endechas, lamúrias, em lugar de cantoria.
Tornara-se cinza a minha fantasia

Sofre, minha alma, um sofrer de desvalia.
Ferida de morte, em desatada sangria.
Sangra, solitária, minha triste poesia.

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