Em que espelho se escondia,
Na palidez do dia-a-dia,
Essa melancólica hora fria?
Tudo acabando, ninguém percebia
Que o amor se transformaria
Em solidão de domingo, madrugada fria.
Em meu coração morava uma alegria
que foi embora: casa vazia.
Solitário, agora chora quem antes se ria...
Uma gélida lágrima do rosto escorria
Endechas, lamúrias, em lugar de cantoria.
Tornara-se cinza a cor fantasia
Sofre a alma um sofrer de desvalia.
Ferida de morte, em desatada sangria.
Sangra, solitária, a triste poesia.
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