Depois de todos os desencontros - desencantos tantos!
- você achou melhor nos isolarmos e pronto:
cada um para o seu canto, sem acalanto.
E o pássaro-tempo, que voa mais depressa que o pensamento, em lamento, nos vê do alto:
nós, sem voz, cada vez mais distantes, organizando na estante dos sentidos os silêncios que gritam.
Xeque-Mate!
Era um jogo?
Quem ganhou?
Não sei. Não sei
Só sei quem perdeu:
eu, que não sei jogar e que só me joguei.
Você, a chuva e eu, o solo seco de Brasília:
faz tempo que não te beijo!...
Éramos Eros, hoje, nossos lábios em lados opostos...
Sigo falando o teu nome, voando alto em meu pensamento ou caminhando pela estrada das horas.
E você, pensando muito em mim e nos desejos nossos...
(Nós na garganta seca...)
Depois de todos os desencantos - desencontros Tânatos
- você nem sentiu e nem falou mais nada...
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