O que um dia supostamente fora amor, se vai melancolicamente
É alguma coisa, assim, fragmentada, morna...
Alguma coisa sem cor, sem fôlego...
Quanto tempo perdido!
Meus sonhos, minhas alegrias, minha juventude...
Ah, quanto se perdeu em todo esse tempo...!
Aqui, tudo é dor, e essa patética sensação de que cheguei bem no fim da festa,
Depois da última valsa, no apagar das luzes (dentro de mim...)
E agora saio, como um cão vadio,
Errando solitário pelas úmidas calçadas de uma fria e lúgubre madrugada
E agora?
Não sei se quero viajar, mudar o guarda-roupa ou aprender francês
O que sei é que não quero mais essa sua bagunça em meu quarto, em minha alma,
Não quero mais você em mim
Quero apenas apagar as muitas noites insones
Preciso amanhecer.
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