segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mina d'água dos meus olhos

                                                                                        Para Kilma Castro. 


É um mistério o que consubstancia a despedida!
Alguém a quem amamos decide partir.
Por que?
Para... quem?
Não sabemos.
Ninguém sabe como ou quando começam as horas do fim.
É assim, não mais que de repente...
Sem abraços,
Sem despedidas,
Nem palavras... Acabou!
É tudo tão confuso!...
O que se sabe sobre quando tudo acaba? 
Ninguém entende...
E, tão certo como nada se sabe sobre a despedida,
A dor de quem fica parece insuperável.
(Parece que o futuro é um passado embrulhado em papel de presente...).
O que se sabe, tão somente,
É que chega a hora de juntar o silêncio de quem fica com o silêncio de quem se vai.
De quem se vai...
Quando o alguém a quem amamos decide partir, quem se vai?
Quem fica?
- E o que fica?
Isso eu também não sei.
Ninguém sabe...


                                                                                              

2 comentários:

  1. " parece que o futuro é um passado embrulhado em papel de presente..." é mesmo a arte uma coisa que expressa aquilo que sentimos e, para nosso espanto, parece que o outro nos decifrou... obrigado por compartilhar esse verso, meu caro, obrigado pela sensibilidade.

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