sábado, 14 de setembro de 2013

EM FLOR

Empoderado,
O corpo desperta-se 
Em flor
Despede-se de si
Despe-se do pudor:
Liberta-se da dor.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Para me lembrar de você...


Quero me lembrar de você
Quero falar que me lembro de tudo
Lembro dos nossos beijos...
Ah! Tão doces!...
Cálidos beijos!  
Ainda posso sentir teus lábios à procura dos meus...
Quantas vezes dançamos juntos, sem nenhuma música...
Eu me lembro...
Nossos corpos juntos, dançando...
Com a cumplicidade silente do nosso olhar a envolver o momento
Por querer ou sem querer, eu me lembro de você...
Eu me lembro das coisas mais simples...
A única coisa de que me esqueço 
É que não mais
Quero me lembrar de você. 

Mina d'água dos meus olhos

                                                                                        Para Kilma Castro. 


É um mistério o que consubstancia a despedida!
Alguém a quem amamos decide partir.
Por que?
Para... quem?
Não sabemos.
Ninguém sabe como ou quando começam as horas do fim.
É assim, não mais que de repente...
Sem abraços,
Sem despedidas,
Nem palavras... Acabou!
É tudo tão confuso!...
O que se sabe sobre quando tudo acaba? 
Ninguém entende...
E, tão certo como nada se sabe sobre a despedida,
A dor de quem fica parece insuperável.
(Parece que o futuro é um passado embrulhado em papel de presente...).
O que se sabe, tão somente,
É que chega a hora de juntar o silêncio de quem fica com o silêncio de quem se vai.
De quem se vai...
Quando o alguém a quem amamos decide partir, quem se vai?
Quem fica?
- E o que fica?
Isso eu também não sei.
Ninguém sabe...


                                                                                              

quarta-feira, 27 de março de 2013

EM TI, NEBULOSA DE EMISSÃO

Ah, essa tua beleza, tão pragmática!
A precisão da beleza tua...
Exata, como as quase-colisões estelares...
Que será de toda a tua beleza se eu fechar os olhos?
O que é insolúvel à solidão fria?
O que em ti o tempo não leva?
O que é insuscetível à distância dos corpos?
O que em ti as palavras não podem mentir?
O que é maior, em ti, que o medo e o desejo?
É isso o que o meu amor quer amar-te
Meu amor quer o etéreo...
Tudo aquilo que só posso sentir à alma, é o que quer o meu amor...
Meu amor quer o eterno...
Quer o que há de perceptível e indizível, em ti
- Como a calma celeste que descortina o dia orvalhado de manhã.
O que quero amar-te, amor meu?
Quero todas as coisas que posso enxergar em ti, ainda que eu feche os olhos.