segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Solidão

Uma dor terrível me punge o peito
Dor de corte, sangue, dilaceração
Uma dor aguda, intermitente,
Que me perturba a mente
Febre insone, escuridão
Choro em pranto silente,
A ausência que se faz presente
Meu quarto é um frio desvão
Um pranto que principia irreverente
Inundando de lembrança dolente
As furtivas horas que se vão
Apunhala-me em fúria premente
Sôfrega e cruelmente
O punhal da solidão

5 comentários:

  1. Coisa linda!! estava com saudades dos seus versos...venho trazer as boas novas do lado de cá:
    Em primeiro lugar quero agradecer.
    Fique muito feliz que a minha idéia do POEMIX tenha sido acolhida, e a participação tenha sido um sucesso.
    Podemos iniciar: que seja com uma frase, uma palavra, que possamos construir uma poesia, inspirados na obra que juntos escolhemos.
    A regra é na ter regras: estaremos livre durante os 5 dias, podem ser postados quantas vezes quiserem.
    Estamos livres para “soltar” o verbo, o sujeito, ser interjeição, ponto e virgula e até travessão, mas, nunca ponto final!

    Que a ARTE nos contagie e nos embale!
    Cheiro de VIDA no ar!

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  2. É querido, tem sido esses os sentimentos que pairam o planalto. Bela forma de traduzir a solidão... um silêncio que encontra cúmplices. Lindo mesmo!!

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  3. Muito obrigado, Rafa querida! Que bom saber que posso dividir meus sentimentos mais recônditos com pessoas sensíveis como vc. Eu gosto muito de um antigo provério alemão que diz:
    "Tristeza dividida, vale pela metade. Alegria dividida, vele me dobro".

    Bem vinda ao meu oníricamente perigoso e caótico universo paralelo.
    Beijos

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  4. E as paredes, se tornam, por horas, a fio, as mais frias companheiras; ora inerte, ora insensível, ora indiferente aos sentimentos daqueles que tem apenas uma visão turva do fragmentado crepúsculo, que, alem de tudo é ofuscado pelo fumê.

    Velho Vavá, ainda bem que te tenho como amigo.
    Leo

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  5. Léo, meu velho,
    Seu texto é inefável, indizível! O que dizer diante de tanta agudeza poética? vc é o cara!

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