domingo, 31 de janeiro de 2021

 Uma Magia do Caos ou a biomemória dos corpos extasiados

 

O meu desejo tem pressa de ti

Aperto o passo à tarde

Ainda é cedo

Chego na hora

Em um leito do Rio, me deito.

Leito
Leite

Copo
Corpo

Terra fertilizada pela volúpia

Elemento terra

Tudo de lindo

Delícia

(De)leite

Brotas em meu pensamento

como fava crescendo na parede do quarto da memória

Sigilo

Portas trancadas

Partes truncadas

Corpos se procuram em meio à fumaça

Suor

Saliva

Semente

O som sibilante do silêncio cúmplice: nossos olhares se procuram

O que eles encontram?

Vontade é a parte que arde

A gente faz arte e é parte de um tempo que é só seu e meu

Sol, praia, pele da poesia descama... Tudo em você molha de há mar

O meu desejo tem pressa, mas estou indo pra longe de ti

Tão perto passo, de ti!

É tarde, mas, não mais é segredo.

Quero te abraçar, mas meu tempo acaba.

Eu fui

Mas agora, vôo

16h20: agora (aqui) sou ilha

Aí (nessa hora), você é Bahia

Será que se lembra de mim?

Como me esquecer de você?

Diz-me que vem quando for frio

e eu sigo sonhando com o teu incandescente corpo  

Queimando o vazio

Na cama

Trazendo calor

Quando a saudade arder em cio

beber o suor com que me enebrio

Quero-te brincante entre lençóis,

menino vadio

Fazendo amor em nós

Dois sóis

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