Uma Magia do Caos ou a biomemória dos corpos extasiados
O meu desejo tem pressa de ti
Aperto o passo à tarde
Ainda é cedo
Chego na hora
Em um leito do Rio, me deito.
Leito
Leite
Copo
Corpo
Terra fertilizada pela volúpia
Elemento terra
Tudo de lindo
Delícia
(De)leite
Brotas em meu pensamento
como fava crescendo na parede do quarto da memória
Sigilo
Portas trancadas
Partes truncadas
Corpos se procuram em meio à fumaça
Suor
Saliva
Semente
O som sibilante do silêncio cúmplice: nossos
olhares se procuram
O que eles encontram?
Vontade é a parte que arde
A gente faz arte e é parte de um tempo que é só seu
e meu
Sol, praia, pele da poesia descama... Tudo em você
molha de há mar
O meu desejo tem pressa, mas estou indo pra longe
de ti
Tão perto passo, de ti!
É tarde, mas, não mais é segredo.
Quero te abraçar, mas meu tempo acaba.
Eu fui
Mas agora, vôo
16h20: agora (aqui) sou ilha
Aí (nessa hora), você é Bahia
Será que se lembra de mim?
Como me esquecer de você?
Diz-me que vem quando for frio
e eu sigo sonhando com o teu incandescente corpo
Queimando o vazio
Na cama
Trazendo calor
Quando a saudade arder em cio
beber o suor com que me enebrio
Quero-te brincante entre lençóis,
menino vadio
Fazendo amor em nós
Dois sóis
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