segunda-feira, 25 de julho de 2011

Doces saudades de Jataí

Meus passos caminham incertos
Nesse lugar que, até então, nunca vi
São solitários passos, desertos
- Quem encontrarei ali?
Errando pela noite, em ruas vazias de gente
E, de repente, acho que me perdi!
Histórias,
paisagens, passado-presente dessa cidade em minha mente
Colmeia de memórias que vivem ali
A mala repleta de tantas lembranças
Fugazes e memoráveis dias que vivi
Aprendizados, abraços, andanças...
Quantas doces saudades de Jataí!

Silêncio guardado (II)

Domingo de tarde.
Você não está aqui.
Silêncio em meus olhos...
Uma música me remete a sua ausência.
Silêncio em meu pensamento...
Poemas de amor,
fotografias,
telefonemas,
Vestígios de um sentimento que já não é…
Silêncio em meu coração, apenas
Silêncio...

7 LUAS

Alta noite...
Há 7 luas não te sinto tocar os lábios meus...
Por onde andará esse teu beduíno coração?
Ah, teu coração sorrelfo e a noite infinda
Noite fria...
Em que esquina cruza o teu perfume?
Longe estou dos cálidos e sôfregos abraços,
Das insanas horas em que trocamos juras de amor eterno,
Longe, longe...
Nossos sonhos de felicidade e viagem...
Há 7 luas distante dos meus ouvidos,
Tão acostumados com os impudicos sussurros da tua boca
À meia-luz, a meia-voz, amei-a noite inteira e ainda amo
Mas, agora só silêncio, vazio,
E essa fria brisa, que me apunhala o coração...
Angústia de espera e dúvida...
Que caminhos de mistério teu pensamento vagueia?
Há um amargo sabor de nostalgia na boca da noite
Em minha boca, anoitece
Meus olhos estão cansados, por detrás dessa nublada janela
Em que, todo o tempo, procuro tua imagem
Ao longe
Sim, eu sinto a escuridão e sua fleuma silente
Total eclipse solar
Escuridão sideral
7 luas, cheias de noite e pranto
Anoitece em minha alma...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

No aeroporto

O avião decola nesse exato momento
A despedida se materializa no vôo para um outro lugar
Longe...
Longe de memórias afetivas,
Longe da essência que me consubstancia,
Longe das horas que não vivi
Longe, longe...
Coração compungido
Dor de saudade vara meu peito
Melancólico, triste...
Tenho que ir embora.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Star amiga

As estrelas estão lá... 
Por mais que a noite nos pareça escura, 
Elas estão lá! 
Por mais que não as vejamos... Cintilantemente alheias a nossa visão,
As estrelas estão lá, 
Refulgentes, 
Na vastidão do firmamento. 
Estrelas são brilhos eternos nos mais altos céus 
Amigas, amigos são estrelas, aqui! 
Presença resplandecente 
A despedir brilho, 
Calor... 
Amigos, amigas são estrelas que aqui estão.
Nebulosa de amigos! 
Stars estão aqui! 
Em você, em mim... 
Palavras de luz 
Quase-colisões 
Gestos de cor 
Estrelas aqui, 
Refulgindo seu lume 
no céu do nosso sentimento

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Inês Indizível

Inês é a voz que perfuma as horas

Com alguma coisa de som, de luz, de cor

Poesia que adeja o tempo do abraço

Orvalho brincante na pétala da flor

Mistério dos astros que valsam no espaço

Beijo da brisa que arrefece o calor

Substância implícita nestes versos que faço

Encanto tácito na palavra amor.