sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Verso e a Valsa

"E se fosse verso ao invés de valsa,
Dançaríamos melhor assim?"
Alice Medeiros



Choro por não saber cantar
Penso por não conseguir esquecer
Peito arde e queima: fogo, medo e solidão
Razão e loucura: qual limite define?
Aí, vem esse relógio
Me dizendo que o tempo foge assim,
Fugaz como areia por entre os dedos
E o tempo o que é,
Senão a dolorosa constatação da verdade?
Você já não há em minha vida, em minha casa...
Em meus livros, em meus braços não há você
Na valsa reversa, sem par, 
Rodopia um verso ímpar no vazio dos sentires
Eu: um corpo que cai
vertiginosa mente só.

4 comentários:

  1. O título desse poema é, em si, cheio da poesia da colega e amiga Alice Medeiros. Obrigado, Alice!

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  2. pô!!!!!!!! o pá dema... arrasando ai, muito bom!!!

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  3. Quanta sensibilidade, moço!!! Amei essa.

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  4. Dema... surpreso com a beleza poética de sua página. Muito lindo a poesia! Abração

    Leonel

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