segunda-feira, 13 de abril de 2020

A praça vazia e o poeta


Uma estrela no céu da memória
brilha alta, verdadeira
O país chora sua triste sina inglória
Lá vem o cabisbaixo Brasil
descendo a ladeira.
O poeta passa pela praça vazia:
Sem gente, sem pombo, sem poesia...
Só uma solitária alma, vagando
pedinte, sem eira nem beira.
Será que a felicidade é uma quimera
nessa pátria sem bandeira?
Minha esperança também chora
diz que vai embora
sente a falta do Moraes Moreira.






Em 2020 (o ano que nunca existiu).